quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O poder do relacionamento está nas mãos de quem se importa menos. Mas poder não é felicidade.

Em alguns momentos, relacionamentos podem ser como um cabo-de-guerra. É como medir sempre forças. É a busca por saber quem é mais forte, quem vai ceder.
Toda a força e o poder nos relacionamentos são de quem se importa menos. De fato, é verdade. Pessoas que não se envolvem, estão no comando. Dentre essas pessoas estão as que não se envolvem por não querer, as que não se envolvem por não conseguir e as que não se envolvem porque não conseguem mas acham que não se envolvem porque não querem. Mas, de que adianta mesmo o poder em um relacionamento?
A felicidade não é, nem nunca vai ser poder. Ela está, com certeza com quem se importa mais. Quem se importa mais, se entrega, se envolve e não tem medo de amar. Para essa pessoa, tudo o que viveram foi real, todos os sentimentos foram bem sentidos e não apenas falados, reproduzidos e inventados. Essa pessoa pôde usufruir de tudo que o amor pode ser e dar.
O dono do poder pensa que venceu o cabo-de-guerra, que está por cima no relacionamento. O dono da felicidade, possui tudo que de melhor um relacionamento pode trazer, a felicidade. Quando se tem o poder e a felicidade em jogo em um relacionamento, ele com certeza, terá pesos diferentes para cada um.
O mais importante em um relacionamento é que ele traga felicidade e aprendizado. Já dizia minha vó: “ O amor tem que ser a solução e não mais problemas. Amor é aquilo que consegue te fazer feliz, tirar um pouco da carga ruim da vida que a gente pode estar carregando”.
Mas quando minha mãe me disse “filha, é sempre melhor que o homem goste mais da mulher”, eu quis dizer “mãe, é sempre melhor que os dois se amem igual”. Desisti de dizer porque pensei que era estupidez, eu estava no auge dos meus 15 anos e achava que os adultos tinham que saber necessariamente muito mais do que os mais novos sobre tudo.
A única coisa que você pode controlar, que está única e exclusivamente em suas mãos são as suas escolhas. As pessoas mais difíceis de serem amadas são as que mais precisam de amor. Quem não sabe dar amor, precisa mais que todo mundo, receber. Infelizmente é difícil, se não for impossível um relacionamento cem por cento equilibrado, na questão da intensidade de sentimentos. O que não pode acontecer é a vontade de ter o poder, ou de ganhar o cabo-de-guerra seja maior que tudo.
Acho muito injusto esse desequilíbrio. Talvez um dia eu encontre o meu “cem por cento equilibrado”. Eu me achava forte, comandava os relacionamentos, era a dona do poder, e achava isso bom. Sempre gostei de ter o poder, até experimentar ter a felicidade. Não vou negar, é bom ter o poder! Mas melhor ainda é ter a felicidade, amar, mergulhar de cabeça em um relacionamento como se nenhum outro já tivesse dado errado.
Tem pessoas que simplesmente não conseguem abrir mão do poder, ou só não querem experimentar o outro lado. A escolha é sua. Você só não pode deixar que te façam sentir que não tem forças ou não merece o que quer. Pessoas que depositam sua fé em alguém ou em algo, merecem mais, muito mais do que a verdade, merecem ser recompensadas.
É importante entrar nesse jogo como se não existisse vencedor e derrotado. Quando a pessoa tem alguém que realmente quer bem, alguém para proteger, essa pessoa se torna verdadeiramente forte. Talvez o dono do poder nunca descubra a dimensão de um sentimento verdadeiro, nunca entenda o momento em quem a emoção é tão intensa e tão maior que transborda do corpo, quando os sentimentos ganham poderes, quando seu corpo chora.

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